quarta-feira, dezembro 27, 2006

Deter um livre pensamento numa caixa de fermento...

Da face avermelhada
para os pés encalço
perdidos na praça
A noite foi longa e sobrou sua sandália
debaixo do banco.
Salvem as putrefatas almas.

Mas salvar? O quê?
Esse desejo não é real.

Mas não consigo desejar isso
no vinho se acabam
se ao menos soubessem que se acabam.
Nada de entendimento para todos da festa.

Mostre esse caminho do bosque
estou aqui para caminhar
caminho tropeçando em pedaços
braços, pernas, cabeças
todas horrivelmente sem uma gota
de sangue, tão bem colocadas,
espalhadas, atiradas ao caminho sem maiores
e menores razões.
E dizem que se desconhecem neste Mundo perdido
que traduz vida por atitude.
Não há atitude em mim
e nem a vejo nos outros.