segunda-feira, julho 25, 2011

E os pássaros se calam


siga em frente, sempre
até o final, mesmo que este esteja
ali na esquina

quando parecemos bem
e quando menos estamos,
as minhas lágrimas secam sozinhas,

quarta-feira, julho 20, 2011

eu sou...

...sou lágrimas vermelhas.
Creio que nos últimos tempos abri minhas asas. Aquelas que pensei ter nascido sem.
Encontrei-as, só que elas são curtas demais.
Com isso tentei fazer pequenos vôos e nossa que adrenalina fazer isso que as pessoas fazem: viver.
Viver a vida. Porra, que vida?! Ei cara estou quebrando a cara, o coração e me desencontrando mais do que nunca.
Onde estão minhas tardes no cemitério? Calmas, doces e com flores no túmulos dos outros. Nesse tempo não ousava colocar a cara pra bater, meu coração era remendado no ponto que se sustentava e eu escrevia, desenhava e mantinha meu mundo...era o meu escape do mundo dos que vivem. Estar no meio dos mortos. Aqueles que são os sem vidas e portanto não te cobram nada além de companhia silenciosa. Isso é bem menos dolorido. Não, não me arrependo de nada, de ter dado esses vôos rasantes, mas se tenho a opção de escolha por que não?!

caixa preta

e se este furacão pegar
pegou
se a tempestade inundar
tudo debaixo d’água

é a sombra que se amplia
que se esconde
mas não some

aniquila
esmaga o coração
deixa o peito vazio


fazendo dele um baú negro

terça-feira, julho 19, 2011

Louco

do que eu falo
quando falo
outras vidas
que não a minha

diário da loucura e de cemitérios
dos pensamentos

do delírio parceiro da sandice sã
muitas são as cores do crime
eu vos abraço, loucura

em nome da felicidade
se assim é.


domingo, julho 17, 2011

E. II

eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei.

e mesmo que soubesse sangraria
aos poucos até secar.

sábado, julho 16, 2011

E.

e de repente meus sonhos estão confusos
barcos, ilhas, céus e montanhas
as coisas se misturam
mesclam nos pensamentos

e
me perco

é uma imensidão feito o mar
mergulho profundo
talvez sem volta
infinito

passa da linha que barra a loucura
e mais uma vez talvez, sem volta

meus sonhos estão confusos
e não sei se tenho muita vontade
de desconfundi-los

eles estão, são e serão

terça-feira, julho 12, 2011

co-ra-ção



é um coração de corda
não existe pilha, bateria ou tomada que
o retome


é a força natural que o move
que o faz pulsar
e assim estar vivo


Apesar da força que o cerca
o ar falta, a mão não dá corda
nada de pulsar

Ou de repente o pulsar vem tão violento
tão esmagador que só resta
a dor


é um coração do amor

domingo, julho 03, 2011

Das estrelas que se acedem e confundem o trânsito emocional

No espaço
grande e escuro
perdida.


As estrelas iluminam meu
passos
mas se apagam cada vez mais.


Minha conexões estão com
interferência.

Cometa passando, sol brilhando demais,
novas estrelas que habitam esse vazio
coração.