domingo, agosto 26, 2007
Ana Cristina Cesar
"...Eu quero me livrar desta poesia infecta beijar mãos sem elos sem tinturas consciências soltas pelos ventos desatando o culto das antecedências sem medo de dedos de dados de dúvidas em prontidão sangüinária..."
Ana Cristina Cesar
sábado, agosto 25, 2007
Alameda H
Não sinto cheiros na alameda H
Nem aromas das flores
que por lá enfeitam
O banco rústico de cimento
que jaz sob uma árvore
me faz lembrar de quando
era criança
Sentava em cadeiras
tão grandes que
meus pés não tocavam o chão
E os balançava ,talvez feliz
Da alameda H vejo
centenas descansando
Sinto uma calma tão colossal
O silêncio faz morada na alameda H
Silêncio de milhares de vozes
Conversando ao mesmo tempo
Mas cada uma é ouvida como se fosse a única
E isso não a torna uma compreensão mais fácil
Pois a voz do silêncio sempre se transmuta em enigma
escutando...
A Great Day For Freedom - Pink Floyd
Nem aromas das flores
que por lá enfeitam
O banco rústico de cimento
que jaz sob uma árvore
me faz lembrar de quando
era criança
Sentava em cadeiras
tão grandes que
meus pés não tocavam o chão
E os balançava ,talvez feliz
Da alameda H vejo
centenas descansando
Sinto uma calma tão colossal
O silêncio faz morada na alameda H
Silêncio de milhares de vozes
Conversando ao mesmo tempo
Mas cada uma é ouvida como se fosse a única
E isso não a torna uma compreensão mais fácil
Pois a voz do silêncio sempre se transmuta em enigma
escutando...
A Great Day For Freedom - Pink Floyd
Marcadores:
antigo
domingo, agosto 12, 2007
Homens que caem
Esses homens que caem no mar
Que caem em mar
São tragados por ondas
E levados ao nada
Chegando ao fundo ...
Encontrando pedras que cravam-se
em seus pés
Uma vez levado pelas ondas
consumidos em dores
afundam-se mais os pés
nos pedregulhos
Quando o mar acalma
E as ondas dormem em silêncios
Os homens...
não dormem
não ficam em silêncios profundos
Estão loucos,
Estão caídos em mar...
no mar.
Que caem em mar
São tragados por ondas
E levados ao nada
Chegando ao fundo ...
Encontrando pedras que cravam-se
em seus pés
Uma vez levado pelas ondas
consumidos em dores
afundam-se mais os pés
nos pedregulhos
Quando o mar acalma
E as ondas dormem em silêncios
Os homens...
não dormem
não ficam em silêncios profundos
Estão loucos,
Estão caídos em mar...
no mar.
Marcadores:
antigo
terça-feira, agosto 07, 2007
El canto de los Cronopios
Cuando los cronopios cantan sus canciones preferidas, se entusiasman de tal manera que con frecuencia se dejan atropellar por camiones y ciclistas, se caen por la ventana, y pierden lo que llevaban en los bolsillos y hasta la cuenta de los días.
Cuando un cronopio canta, las esperanzas y los famas acuden a escucharlo aunque no comprenden mucho su arrebato y en general se muestran algo escandalizados. En medio del corro el cronopio levanta sus bracitos como si sostuviera el sol, como si el cielo fuera una bandeja y el sol la cabeza del Bautista, de modo que la canción del cronopio es Salomé desnuda danzando para los famas y las esperanzas que están ahí boquiabiertos y preguntándose si el señor cura, si las conveniencias. Pero como en el fondo son buenos (los famas son buenos y las esperanzas bobas), acaban aplaudiendo al cronopio, que se recobra sobresaltado, mira en torno y se pone también a aplaudir, pobrecito.
Traduzido
O Canto dos Cronópios
Quando os cronópios cantam suas canções preferidas, ficam de tal maneira entusiasmados que freqüentemente se deixam atropelar por caminhões e ciclistas, caem da janela e perdem o que tinham nos bolsos e até a conta dos dias.
Quando um cronópio canta, as esperanças e os famas acorrem a ouvi-lo embora não compreendam muito seu arrebatamento e em geral se mostram um tanto escandalizados. No meio da roda o cronópio suspende seus bracinhos como se segurasse o sol, como se o céu fosse uma bandeja e o sol a cabeça do Batista, de forma que a canção do cronópio é Salomé nua dançando para os famas e as esperanças que ali estão boquiabertos e perguntando-se se o senhor padre, se as conveniências.
Mas como no fundo são bons ( os famas são bons e as esperanças bobas ) acabam aplaudindo o cronópio, que se recupera sobressaltado, olha em redor e começa também a aplaudir, coitadinho.
Julio Cortázar
Frida
“La tragedia es lo más
ridículo que tiene ‘el hombre’
pero estoy segura, de que los
animales, aunque ‘sufren’,
no exiben su ‘pena’
en ‘teatros’ abiertos, ni
‘cerrados’ (los ‘hogares’).
Y su dolor es más cierto
que cualquier imagen
que pueda cada hombre
‘representar’ o sentir
como dolorosa.”
(Diário de Frida Kahlo)
ridículo que tiene ‘el hombre’
pero estoy segura, de que los
animales, aunque ‘sufren’,
no exiben su ‘pena’
en ‘teatros’ abiertos, ni
‘cerrados’ (los ‘hogares’).
Y su dolor es más cierto
que cualquier imagen
que pueda cada hombre
‘representar’ o sentir
como dolorosa.”
(Diário de Frida Kahlo)
Marcadores:
frases,
Frida Kahlo,
pessoas
Assinar:
Postagens (Atom)