quinta-feira, dezembro 01, 2011

o pássaro voa...e eu?

tem muito de mim que é oculto, muito de mim que você não sabe.
Tem muito de mim que não sei, que ainda não sei definir o que é.


Meu silêncio é sincero, não é medo. É natural.
Meu mistério é besteira, não existe.
Queria ter um vicio, um que não chamasse tanto atenção das pessoas.
Que não aflorasse tantos sentimentos e pensamento em outros.
A questão não é deixar você fora da minha vida, mas sim saber
como eu entro em minha própria vida. Como reconheço meu espaço e passos.
Como e quando gritar, quando a garganta trava. Chorar sem esboçar fraqueza, somente
exaustidão dos passos dados.

quarta-feira, novembro 02, 2011

Vale das Violetas

o passo largo e fundo
das coisas e alterações visuais psicológicas
de repente meus pés pesam e minha cabeça incha
e parece começa a ceder a gravidade invertida
e fazer extrema força para subir

e ela sai por aí, sem destino qualquer
tentando alcançar as nuvens e engolindo poeira
A cósmica do alto é diferente, faz com que minha cabeça
fique alterando de tamanho, ora pequena ora enorme
meus pensamentos estão atravessados e não seguem um fila coerente
quanto mais flutuo, meus pés pesam puxando todo o corpo para baixo
é com extrema dificuldade cada passo
cada pensamento que se perde nessa grande confusão de ar que se enche na cabeça

e de repente minhas mãos ficam gigantes, desproporcional ao resto do corpo.
Cabeça flutuando
pés pesando
soma se a desproporção das mãos e das coisas que me cercam
Sem drogas fortes, são essas, algumas das alterações que percebo em mim.



Tenho medo de me encontrar comigo mesma. Tenho.

sexta-feira, setembro 30, 2011

setembro lá

setembro parte sem
sem deixar grandes dores
sem maiores acasos
e muito muito sensação de
felicidade e desgaste


meu setembro, sem flores
sem chuva, sem o vermelho
provocado.

parte setembro
parte os dias
ficam as sensações
e alegrias.


sexta-feira, setembro 16, 2011

setembro cá

setembro de risos amarelos
nuvens cinzas
e as cores das flores

setembro a dor
a paz
a busca

e no caminho o que há

não há

o verde de esperança
se desgasta
agora é musgo
não é a falta de esperança
minha


sobra o tempo
passa o tempo
e a raiz cresce
ganha espaço e se perde
ao redor

estilhaços se partem
e atinge a barreira da frente
o corpo já está rasgado

mas a raiz não se solta


domingo, setembro 11, 2011

Nela

as estrelas fantasmas
surgem no céu quando você se


os velhos sonhos assombram
aparecem quando você se


de repente, tudo se perde
tudo se ganha
e tudo, tudo fica pausado

No fundo

Não se perca nas estradas
paradas
e nem mergulhe muito fundo
o suficiente para o tanto de
ar que  te faz lutar em busca da
superfície

quinta-feira, setembro 01, 2011

Chegar o silêncio

O silêncio de setembro, me encanta.
Me afaga e machuca.
O silêncio ainda sim, me encanta.

quinta-feira, agosto 18, 2011

Dentro

o risco fundo
se transmuta em
ponto cego
para o que não se vê
só se é possível
extravasar em si mesmo
esse buraco

voltar para dentro de si

quinta-feira, agosto 11, 2011

Le Love II

E se sesse sempre?
Pra sempre!
Suas mãos no meu corpo.
E se sesse seus olhos
a alguns centímetros dos meus,
todas as manhãs.
E se sesse seus lábios e seu gosto...
sempre...


by Natália

terça-feira, agosto 09, 2011

sem mentiras

Sou a tristeza da saudade
o fio de esperança parido
um rosto de teatro
tentando convencer a quem
vejo na rua

mas no espelho
nada é feito
nada é convencido
nada tem brilho
sobra só um caminho
umedecido por lágrimas secas
e cicatrizes abertas.

segunda-feira, julho 25, 2011

E os pássaros se calam


siga em frente, sempre
até o final, mesmo que este esteja
ali na esquina

quando parecemos bem
e quando menos estamos,
as minhas lágrimas secam sozinhas,

quarta-feira, julho 20, 2011

eu sou...

...sou lágrimas vermelhas.
Creio que nos últimos tempos abri minhas asas. Aquelas que pensei ter nascido sem.
Encontrei-as, só que elas são curtas demais.
Com isso tentei fazer pequenos vôos e nossa que adrenalina fazer isso que as pessoas fazem: viver.
Viver a vida. Porra, que vida?! Ei cara estou quebrando a cara, o coração e me desencontrando mais do que nunca.
Onde estão minhas tardes no cemitério? Calmas, doces e com flores no túmulos dos outros. Nesse tempo não ousava colocar a cara pra bater, meu coração era remendado no ponto que se sustentava e eu escrevia, desenhava e mantinha meu mundo...era o meu escape do mundo dos que vivem. Estar no meio dos mortos. Aqueles que são os sem vidas e portanto não te cobram nada além de companhia silenciosa. Isso é bem menos dolorido. Não, não me arrependo de nada, de ter dado esses vôos rasantes, mas se tenho a opção de escolha por que não?!

caixa preta

e se este furacão pegar
pegou
se a tempestade inundar
tudo debaixo d’água

é a sombra que se amplia
que se esconde
mas não some

aniquila
esmaga o coração
deixa o peito vazio


fazendo dele um baú negro

terça-feira, julho 19, 2011

Louco

do que eu falo
quando falo
outras vidas
que não a minha

diário da loucura e de cemitérios
dos pensamentos

do delírio parceiro da sandice sã
muitas são as cores do crime
eu vos abraço, loucura

em nome da felicidade
se assim é.


domingo, julho 17, 2011

E. II

eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei
eu não sei,
não sei, não sei, não sei.

e mesmo que soubesse sangraria
aos poucos até secar.

sábado, julho 16, 2011

E.

e de repente meus sonhos estão confusos
barcos, ilhas, céus e montanhas
as coisas se misturam
mesclam nos pensamentos

e
me perco

é uma imensidão feito o mar
mergulho profundo
talvez sem volta
infinito

passa da linha que barra a loucura
e mais uma vez talvez, sem volta

meus sonhos estão confusos
e não sei se tenho muita vontade
de desconfundi-los

eles estão, são e serão

terça-feira, julho 12, 2011

co-ra-ção



é um coração de corda
não existe pilha, bateria ou tomada que
o retome


é a força natural que o move
que o faz pulsar
e assim estar vivo


Apesar da força que o cerca
o ar falta, a mão não dá corda
nada de pulsar

Ou de repente o pulsar vem tão violento
tão esmagador que só resta
a dor


é um coração do amor

domingo, julho 03, 2011

Das estrelas que se acedem e confundem o trânsito emocional

No espaço
grande e escuro
perdida.


As estrelas iluminam meu
passos
mas se apagam cada vez mais.


Minha conexões estão com
interferência.

Cometa passando, sol brilhando demais,
novas estrelas que habitam esse vazio
coração.


quinta-feira, junho 23, 2011

três

os três e o vicio
as dores exaltadas
e todas as cores que vem pela janela
um desgraçado caminho, diferente para cada um

os três, uma ponte e um ponto
do estranho ao conhecido
da estranheza para entranhas
do futuro para o passado

três, três, três

minhas vistas estão embaçadas
as cores machucam meus olhos


sexta-feira, junho 03, 2011

Le Love

e se sesse um mundinho só meu,
só com meus sonhos e pesadelos
e nada mais alheio
e se visse felicidade nas nuvens
e na chuva
e na cores das minhas unhas.
E se sesse esse seu sorisso e cheiro
todas as manhãs na minha cama.
Paraíso.

quinta-feira, junho 02, 2011

E esse medo...

...das palavras machucarem
Mas elas podem ser apagadas, riscadas e deletadas
Então você assim talvez você possa deixar uma carta ou um poema
E saber que uma hora esse machucado se cicatriza e se doer será em raros
momentos de esquecimento que pegará na mão e recordará.
Mas e os sentimentos, esses não podem ser deletados porque eles são físicos e palpáveis
E por isso tão reais e ao mesmo tempo são invisíveis e não podemos acabar com eles.
Se eles ferirem você, cada vez que se recordar ou lutar para acabar com ele só abrirá mais a ferida
Só machucará mais e com isso não se tem muito o que fazer.


segunda-feira, maio 30, 2011

são?

São os caminhos com longas pausas
As dores que comem a alma
A lama que prende os pés
Os passos lentos

Tenho esse buraco
Antes pensei que fosse no coração
Agora sei que é na alma
Falta me vida e sobra vazio

quarta-feira, maio 25, 2011

E lá no alto...

das estrelas, do espaço.Tudo sempre parece solitário.

quinta-feira, maio 12, 2011

no fim

as estrelas caem

os copos se quebram

só sobram estilhaços

de sentimentos.

terça-feira, maio 10, 2011

Um pouco de azul, sempre

tenho o mundo inteiro dentro de mim, por isso a tristeza permanente.

quarta-feira, abril 13, 2011

trégua

não quero voltar a discutir sobre a vida
não por agora, pois neste momento sei
o que ela espera de mim e o que espero dela.

Estamos em trégua, levantamos as bandeiras e pedimos
um tempo para não se atacar e só deixar acontecer.


muito contrariada me rendi a esse tempo. Mas sei
de uma possibilidade futura e de uma nova discussão.
Mas por agora me contento com o pensamento que tenho.

Não espero da vida mais do que ela espera de mim. Seguimos juntas
nesta batalha. E somos chatas, de personalidades fortes e que sempre terá um
mas.

sábado, abril 09, 2011

Jogo

posso lutar com todas essas que habitam em mim
só não sei se posso vencer alguma dessas lutas
só não sei o quanto posso sair ferida
e só por não saber essas coisas, penso se deveria
me jogar nas lutas atrás de vida.


todas essas páginas abertas
não é a história toda

pensam que e lêem por inteira
mas se esquecem das páginas rasgadas
das entrelinhas apagadas e dos rabisco
ocultando pedaços


solte essa loucura, solte essa doença
permita que as coisas fluem e passem através de você
porque se limitar a rótulos
ainda mais rotular sentimentos e sensações.
solte esse desejo e loucura

sexta-feira, abril 08, 2011

Tempo

há um bom tempo me quebrei,
agora estou terminando de juntar os pedaços

estou feliz.

barata



sentada na cadeira
encurvada com a cabeça
pendendo pra trás

vejo a luz do teto apagada
de cabeça para baixo
me sinto uma barata
não a da Clarice, cheia de literatura
mas uma lá do alto, esperando a chinelada
e assim o fim do mundo

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

fragmentos de uma noite de vinho

...na busca por não ser anacrônica, ultrapassei demais a estrada
e perdi as placas de avisos.
Agora estou perdida e tento me encontrar. Tento me encontrar e não encontrar você.

.......


é como se meu coração deixasse de bater
e numa pausa lenta e longa nada mais fizesse tanto sentido pra mim como para os outros...

.......

são as nuvens, que de súbitas esvoaçam pelo céu encontrando caminhos para se desfazer sem medo de serem
queimadas pelo sol.

.......
nunca pensei em amar tanto assim, tão sem nome. Porque dizer a palavra amor como explicação é miúda e pouco explicativa para tudo que sinto desde de
que me encantei com vc.

........

dias errados, com palavras erradas e sentimentos bagunçados acontecem. De fato acontecem e acabam com corações e vidas.

.......
meus dias parados e cansativos. meus pensamentos tolos e apaixonados e toda essa escrita que soa melosa porque afinal saí de uma alma apaixonada e feminina demais, logo romântica mais do que deseja. Desejo.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

últimos respiros

perdeu-se tudo
as palavras
as imagens
os suspiros
e até a respiração
lhe foi tirada


passar por essa trama
de cura
tem sido dolorosa
curiosa também

percepções novas ou velhas recém sentidas

domingo, janeiro 16, 2011

a fertilidade confusa



o difícil não é saber, ver
mas sim sentir
o medo, que apavora
que vota todas as coisas aprova
meu medo minha caverna oca
e cheia de minhas coisas e só minhas

meu mundinho pequeno e doente
protegido das baratas e ratos
das cores e da realidade alterada

como seria tão mais fácil se deixar
se levar por conta do que vejo e sei
e não pelo que sinto

ou talvez falta do que devia sentir
mas como saber

sábado, janeiro 15, 2011

Meu peito


com o peito muito agitado
meu coração não bate
batuca demais

dói, sorri, chora tudo junto
ao mesmo tempo

não sei acalmá-lo
não recordo de sentir
isto antes

meu coração não
é mais meu.