quinta-feira, junho 07, 2007

fragmentos

O tempestuoso chora da verdade
exprimida na noite de ontem
depois da batida.
E se o choro não veio em hora boa
depois a tarde quando o sol
vai baixando
e na sala só as sombras se fazem presentes
ele aparece em sóbrio-contorno
passando através dos móveis.



E se isso é o que é
e é a dor sentida na boca
e na vida resta o que?
é minha, é pobre, é e ponto.
A dor sentida.
e o grito que:




Hoje o caderno está se desfazendo
e as palavras estão sumindo
sendo comidas pelo tempo que há entre tudo,
tempo que não vemos
e soa triste todas as frases sendo desfeitas
e todas as conversas se tornando pontos e pontos.



...o sangue estanca
e a cabeça dói
a rua fica desfocada
e a pancada estampada em seu ninho
a origem do meu sangue de onde foi?
mostre o que há na cor do sangue
e peça mais e ganhe menos
de tudo se é tirado e de todos nada pode se
fazer, e como pergunto: donde foi meu sangue?
não sei perguntar mas mesmo assim
tenho recebo resposta: Seu sangue está exangue.





esse som assim
esse assim de doer
é horrível
e sangrar assim no perdido que sou
dói ainda mais
e se pudesse doer assim
em um outro,
iria doer menos?

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