domingo, janeiro 16, 2011

a fertilidade confusa



o difícil não é saber, ver
mas sim sentir
o medo, que apavora
que vota todas as coisas aprova
meu medo minha caverna oca
e cheia de minhas coisas e só minhas

meu mundinho pequeno e doente
protegido das baratas e ratos
das cores e da realidade alterada

como seria tão mais fácil se deixar
se levar por conta do que vejo e sei
e não pelo que sinto

ou talvez falta do que devia sentir
mas como saber

3 comentários:

Strega disse...

Lindo poema!!!

Regina Majerkowski disse...

o mito da caverna revisitado de forma contemporânea e pessoal mostra um pouco da relação entre os tempos e prova sua relevância; cada geração necessita desses pensamentos incríveis com uma linguagem sua!

Camila disse...

muito bom! maravilhoso!