sábado, setembro 30, 2006

Water is Fabula blue


Tenho pressa, deixo as horas escaparem.
Vejo azul e tudo corre para o grande, mar, martírio.
As anotações perdidas em vozes apagadas e voláteis.
Fiéis de um todo qualquer guardado no livro.
Volto e no mar revolto afundo nas horas passadas
e na pressa azulada que está sobre todos.
Tens novos rumos, tens velhos encontros e nada trocado aos trocos daqueles.
Vejo pequenos seres habitantes do fundo.
Ao afundar, rápido, rapidamente me perco com tantos seres que encontro.
No azul índigo dobro às vistas...tem tanta areia aqui no fundo, o ar vai me faltando aos poucos
nem me dou conta do quanto preciso dele. É tão natural o ar me faltando que aos poucos acostumo com o fundo.
O som, é tão difícil de identificar os sons que cada coisa faz aqui no fundo. Alguns são bem silenciosos, outros deixam que os outros emitam seus barulhos, alguns emitem seus próprios gestos audíveis.
Movimentos impulsivos ou não, em nada alteram a superfície. Dica. Não há como gritar.
Não tente, pois isto lhe afundará mais.

2 comentários:

Lady Cronopio disse...

sem palavras diante deste.

Lady Cronopio disse...

Lindo isso.
Tão azul...
Aquela coisa toda e
Sempre amor.